Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

De olho no calor

 

Tem um balanço
Embaixo do cajueiro,
Entre os capins que crescem
Numa cor de verde seco.

Meus netos vão lá,
Em algumas ocasiões,
E desistem de brincar.

O calor tão forte,
Esquenta o ar
Que, às vezes,
As flores secam antes de brotar totalmente.

Até eu fico de mau humor,
E resmungo sozinha
Quando as crianças saem:
- Para que tanto calor...?!

 

 

 
 
Poema publicado no livro "100 Grandes Poetas Modernos" - Edição Especial - Julho de 2017