Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Pêndulo

 

Oscilando entre a gratidão e a revolta
Entre a razão e a emoção
Jogando palavras ao vento
Como flechas sem direção
Procurando o norte
O rumo da razão
Completando o pensamento que adoece a alma
Fazendo a carne sofrer
Na fome de um desejo carnal
Oscilando e se modificando como nuvens ora alvas ou negras
Em céus cinzentos escuros
Trilhando trilhas já desgastadas pelo tempo
Tentando seguir pegadas que conduzem a algum lugar
Navegando entre marolas e vagalhões
Cujo barco range e balança ao sabor da vida
De um lado para outro como pêndulo de um relógio
Marcando o tempo que voa no pensamento

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no Livro "100 Grandes poetas modernos" - Edição 2018 - Setembro de 2018