Jaídson Gonçalves
Campos dos Goytacazes / RJ

 

 

Tempo de menino

 

 

O menino sem porteira,
Na beira do Rio,
Escorre no meio da poeira,
A procura do nada.

Menino do corrupio,
De alma Valente,
A história contada,
Foi o terço dessa gente.

O menino saiu de sua terra,
Para virar gente,
Com a mente na Serra,
E com coração contente.

Menino tem que ser menino,
Não pode ser adulto precoce,
Cada um tem seu destino,
No segredo que te distorce.

Assim diz a testemunha,
Que do tempo fez esquecer,
Com alma em sua alcunha,
E o corpo fez envelhecer.

Somos crianças,
Em lembranças de moços,
As simples andanças,
Em pequenos caroços.

  

 

 
 
Poema publicado no Livro "100 Grandes poetas modernos" - Edição 2018 - Setembro de 2018