André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Bonita

 

 

Só quando a noite seu silêncio quebra
Com águas que alegram grãos escuros
Onde os escuros deixam de ser duros
E encharcam, tanto aqui quanto em Genebra...

Só quando a água em folhas se requebra
E leva uma alegria e pula muros
De gota em gota insiste faz seus furos
E amolece a pedra em qualquer gleba...

Só quando a luz divide noite e dia
Colando os dois em uma poesia
No entardecer de onde o sol recita...

A lua, as estrelas, nebulosas
Os sonhos perfumados pelas rosas
Ao fim da madrugada mais bonita...

 

  

 

 
 
Poema publicado no Livro "100 Grandes poetas modernos" - Edição 2018 - Setembro de 2018