Claudia Fontenele Alves da Silva
Águas Claras / DF

 

 

Silêncio

 

 

O teu silêncio fala.
Entra em rota de colisão
Com a minha aquiescência
Em continuar a te amar.
O teu silêncio fala
Da indiferença.
Fala da insignificância
Do meu amor espezinhado.
O teu silêncio corrói.
Corrói o meu coração
Como veneno letal.
O teu silêncio é morte certa.
Mata-me a esperança.
Abraça-me com os tentáculos gélidos
Do desprezo e da covardia.
O teu silêncio é meu jazigo.
Os vermes é que falam comigo.
O teu silêncio sepultou-me.
Não me resta um alento de vida.
O teu silêncio é minha desdita.

 

 

  

 

 
 
Poema publicado no Livro "100 Grandes poetas modernos" - Edição 2018 - Setembro de 2018