Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

Sincretismo da Paz

 

Um belo dia despertei
E do alto da minha janela observei jovens instrumentistas na praça
A levar a música aos ouvidos surdos da humanidade
No atabaque o som das origens do homem evocando os orixás
No saxofone as notas do shalon espalhando o som da paz
Já no violão as cordas do doce gospel
louvando o arquiteto do universo
Ao som do pandeiro a mensagem de Kardec
e no vocal o som melodioso
Em prosa e verso do cristianismo
E na cítara a música evangelizando as almas.
Para refletir como seria bom o fim da intolerância,
do preconceito, do racismo
Com isso acabaria a fome, as guerras
Haveria a união de fronteiras
A fé removeria montanhas
A única cor da bandeira seria a branca
Pois a matriz é um só Deus.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "4º Anuário da Nova Poesia Brasileira" - Maio de 2018