Rubens Alves Ferreira
Taguatinga / DF

 

 

Afago do mal

 


O afago que deixa na face
Uma preocupação asca;
O abraço que crava o rosto ruim
Sobre a cegueira das costas
O ambiente preparado para festa
O esbalde no paraíso;
Mas o Mal...
Que já distribuiu convites
E marcou as cartas...
Serve brindes e sorrisos
Licores de doce sabor.
Por traz dessa bondade
Espreita a perfídia...
É preciso fugir da bondade
Da bondade maldita
E da casa onde ela
Docemente acolhe
E habita.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "4º Anuário da Nova Poesia Brasileira" - Maio de 2018