Maria Ioneida Lima Braga
Capanema / PA

 

 

Sim, ainda que não

 

Eu disse sim...
Que gosto de você, assim.
Disse com o gosto bom.
E o desgosto insuportável
de negar para mim.
Com a inutilidade de lutar.
Ainda que, com esse ódio de gostar.

E eu disse sim...
Como se o não tivesse escrito.
E em minhas mãos o meu destino.
E o poder de recomeçar no infinito.

Eu disse sim...
A essa ilusão que tece meu instante.
A esse amor com traje de romance.
Com todas as tuas virtudes 
no divã...
E esse gosto bom.
Diz sim à alegria.
Embora, vã.
Para que eu não morra
sorrio para a dor.
Que impiedosamente mascarou
sua maldita cara de vilã.

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Andanças"- Edição 2019 - Fevereiro de 2020