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Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 

Quase violeta

 

Se eu tivesse grandes asas brancas,
Mesmo que fossem emprestadas
Voaria até as estrelas de banca em banca
Para saber onde estão as místicas encantadas

Quando olho o por do sol é só mais um albor
Um céu azul não passa de um céu de anil
No jardim o desabrochar de mais uma flor
É um ritual necessário para seguir seu perfil

O vento brinca de assoprar em tardes outonais
Borboletear é coisa para qualquer borboleta
Bela, grande asas coloridas não me fascina mais
Estou com luz opaca sem refletir, quase violeta

Tudo perdeu a graça nada tão forte para sonhar
Ainda sinto um deslumbramento e forte atração
Pela lágrima, vejo a saudade na gota a espelhar
Procuro refúgio dentro dela no vazio da emoção

Pela face e nos meus lábios úmidos de doce pranto
A vida para mim perdeu o glamour a secreta magia
Partiste levando na bagagem meu amor meu encanto
Vem reacender meu desejo, a chama divina da alegria.

 


 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 137 - Junho de 2016