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André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Asas

 

Se eu pudesse definir em uma palavra a poesia
Ah! Essa palavra seria... Asas... Apenas!
Não porque são grandes ou pequenas
Mas, simplesmente pela liberdade que dariam...

Não importando o tamanho de suas penas
Nem se pretas, brancas ou coloridas
Num beija-flor ou num condor, definem vidas
Livres e sem peias... Planando pelos céus serenas...

Na definição teria uma outra coisa ainda...
Na envergadura, asas diferem cada ser
Mas, ao se recolher seriam ainda todas lindas
Entre as suas penas pudessem ternamente aquecer...

Portanto, nunca as aparem nem as engaiolem
Pois, elas precisam ser o que elas são
Pra jamais ficarem frias e se estiolem
Na medida exata da razão, e voem do coração...

Enfim, asas podem cruzar oceanos... Sozinhas!
Mas, se juntas a outras, voariam pelo mundo
Pousando em cumes ou vales mais profundos
Semeando uma flor ou sagradas vinhas...

Sim! Essa seria minha definição à poesia...
Mas, existem outras mais precisas e belas com certeza
E eu sei pelo vento voarão em um claro dia
Reunindo-se num poema em versos de perene beleza...

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 139 - Agosto de 2016