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André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Supremo

 

Quebram-se sigilos... Os sigilos imperfeitos!
Os perfeitos não se quebram...
Tais somente se elevam
Como sons de estrilo às noites, no silêncio eleito...

Quebram-se sigilos... Os sigilos moribundos
Dos imundos no planalto...
Os segredos dos arautos
Brilham-se em sigilos... Neste, como em outros mundos...

Quebram-se sigilos... Os sigilos das vilezas
Realezas das mais pobres...
Nos sigilos quando nobres
Geram os bons bacilos... E a doença das belezas...

Quebram-se sigilos, dos hipócritas na lida
Reduzida à fria dor...
No sigilo de um amor
Leva a flor os seus pistilos... Renovando a vida...

Quebram-se sigilos, sob as togas no "supremo”
Se é do "demo" ou do Divino...?
Eu não sei, mas fica o ensino:
Absoluto só o sigilo, guarda o Ser Supremo...

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 142 - Novembro de 2016