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Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Aves de rapina

 

Você que é de aço e não mede espaço
Para dar um abraço e seguir em seu cansaço
A vida de embaraço que virou o Brasil de laço
E que afoga a sua força, o seu traço,
De trabalhador que das despesas arca
Sem receber nenhuma taça
Tornando-se legítimo palhaço
No congresso feito de cangaço...

Você precisa dar um passo para libertar-se desse Palácio
Libertar o Brasil dessa farsa que escraviza com a traça
Da maldita corrupção na praça!
E com meus olhos bem abertos
Vejo o povo desunido dançar na falsa valsa
Em plena praça a insana desgraça
De aposentar-se sem tanta graça!

É preciso mudar a dança com toda ânsia
Tomarmos na raça o mundo que nos pertence de graça...
Termos coragem e raça de invadirmos novamente a praça
Pegarmos a taça dos comparsas e salvarmos a Poesia
Do laço do passo do passarinheiro...
E definitivamente erguermos a taça:
Salve o povo brasileiro!
Dessas aves de rapina
Que enganam toda a massa...

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 143 - Novembro de 2016