Claudia Fontenele Alves da Silva
Águas Claras / DF

 

Infinito

 

O homem mortal contempla o imenso céu
Em busca de respostas às indagações que faz.
Olha as estrelas, divisa a imensidão do universo...
Onde poderia encontrar explicações
Se não fosse a certeza da existência de Deus?
O homem perscruta o resquício do infinito.
O mistério da vida que há em suas entranhas...
Arraigado à essência de ser alguém muito especial,
O sopro de Deus empresta-lhe vivacidade.
Cada manhã renova-se o ciclo da vida...
Vida e morte alternam-se continuamente.
Sucessivamente caminha-se para o fim.
Homens feitos de finitos fins,
Infindavelmente querem alçar vôos infinitos...
Extasiados com a vastidão do cosmo
Vislumbram o amanhã como se fosse hoje.
Do passado há gratas lembranças de viver...
Viver crendo que tudo é possível
Quando se investe e se persiste em buscar os sonhos.
O homem quer alçar voos infinitos,
Indescritíveis vitórias e esperanças mil...
O infinito começa agora,
Sabendo que Deus é o autor da vida.
Eu, homem, de infinita limitação,
Agradeço ao meu Criador o dom inefável da vida...
Vida minha, de grata saudade do infinito Deus,
Corro para os braços de Pai Amado...
Debruço-me em contemplação.
Entrego-me em oração silienciosa...
Meus olhos postos no infinito.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 145 - Janeiro de 2017