João Riél Manuel N. V. de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

Quando vejo um rosto

 

Quando eu vejo um rosto com alegria
Sinto inveja, mas também esperança...
Que um dia me ocorram tais mudanças
Elas devem tirar de mim a melancolia

Sinto com meus olhos o passar dos dias
E não gravo nenhuma sequer lembrança
Mesmo eu escravizando as horas mansas
Nunca mudo o meu real para fantasia

Mas a minha tristeza aos poucos foi descendo
E os riachos e lagos infindos, foi percorrendo
Tentando achar o fim desta erma soledade

Mas as horas tão loucas se vão fugitivas
Deixando apenas mortas rosas vivas...
Como um sinal de que eu sempre terei saudade...

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 145 - Janeiro de 2017