Rosemary Gobbo Duarte
Rio de Janeiro / RJ
Refúgio
Ah, que falta me faz
Um chalé emoldurado com sinuosos arbustos
Ladeados de capim cidreira e amarelas bromélias
A adornar as janelas
Num convite ao sol da manhã adentrar.
Um longínquo Vale verde
Numa planície encantada
Pra meus ouvidos apurar
Com o harmonioso concerto dos pássaros
Na perfeita acústica da Natureza.
Ah, quanto bem me faria...
Um aconchego de emoções díspares
Ao redescobrir-me, de repente, retratada
Feito uma obra de arte incrustada numa encosta
Verde-esmeralda!
E sonhar... sonhos de outrora, nesse refúgio sombreado
De tom madeirizado
E paredes revestidas de rochas cristalinas em sintonia
Com o murmúrio do curso d’água orlado por buritizais
A aguçar meus sentidos no coração do cerrado.
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