Rivanildo de Castro Bezerra
Campina Grande / PB

 

 

Engenhoca porreta

 

Aquela engenhoca porreta
(mais uma invenção do capeta)
Colorida que nem filha de costureira
E barulhento que nem parto de muié frouxa
Cisma de me dizer coisas a toda hora (é só ligar a danada)
Pra me convencer de que ela é quem sabe das coisas,
que a verdade é só a deles  – só a deles -
(os que estão por trás dela)
E que nós deve ficar bem pianinho, sem discutir nem nada,
Que aí Deus bonzinho que é, dá de presente pra gente
As coisas que a gente – tadinho - merece ter.
Mas tudo isso só depois dum tal de comercial.
Plim plim!

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 147 - Abril de 2017