Aldo Martin Sotero
Petrópolis / RJ

 

 

Velho sonho adormecido

 

Não durmo o sono dos aflitos.
Meu corpo jaz pela inércia dos desencantos
sem encontros ou aconchegos.
Não há mistérios,
tudo é demasiadamente simples como os nadas.

Durmo ao léu do acaso,
sem esperanças de sonhos reveladores
ou despertares libidinosos
pois que os belos sonhos de outrora
deitaram-se antes de mim
sem me dar chances de reconciliação.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 147 - Abril de 2017