Não durmo o sono dos aflitos.
Meu corpo jaz pela inércia dos desencantos
sem encontros ou aconchegos.
Não há mistérios,
tudo é demasiadamente simples como os nadas.
Durmo ao léu do acaso,
sem esperanças de sonhos reveladores
ou despertares libidinosos
pois que os belos sonhos de outrora
deitaram-se antes de mim
sem me dar chances de reconciliação.
Poema
publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos -
vol. 147 - Abril de 2017