Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR

 

O universo de nossa alma

 

 

Muitas vezes no universo estrelas ficam menores
Poucas estrelas podemos ver na imensidão do universo
Muitas vezes olhamos só pela janela ao abrirmos com reserva
Enxergamos poucas estrelas espalhadas em nosso mirante
Com medo do vento que elas mandam para acariciar nosso rosto
Como uma brisa cotidiana ventania suave passando longe
Mudar a posição o espaço do nosso horizonte é a saída
Começando por aquele que guardamos em nossa alma
Que é maior que todo o universo que possa existir.

Quando olhamos para o universo que guardamos dentro de nós
Ficamos surpresos com a sua imensidão trilhões de estrelas guardadas
Em um só universo que se espalha pelo universo do tempo não caberiam
Ao brilhar dentro de nós diariamente mesmo quando pensamos
Que temos que ligar seus interruptores elas já brilham constantemente
Pois o apagão somos nós com os olhos fechados para nós mesmos
Com medo de vê-las brilhando dentro de nós!

Não queremos muitas vezes acreditar com medo da felicidade
Que na janela de nossa alma tem mais estrelas do que no universo
Pequeno espaço do tempo do céu que nos cobre com seus dias
Do mundo em que vivemos agora que nascemos
Não precisamos mais ter medo de viver
Nossas almas são estrelas brilhando do que somos como ser
Espalhadas nos caminhos que trilhamos ao nascer
Não precisamos acender lamparina para vê-las brilhar
Basta deixar que tomem nosso coração e saiam passear por aí
Escrevendo universos que brotam de nossas almas!

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 147 - Abril de 2017