Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR

 

 

O silêncio

 

Sem ruído, é a voz,
A quietude, aquece,
O carinho, é veloz
O sossego, engrandece
A alma, o espírito,
Tudo se faz bonito.

Um som, ao longe
Quase imperceptível,
Abranda o coração,
De um ser sensível.

Doce, silêncio
Fala ao coração
Envolto em mistério,
Traz, até o murmúrio do mar.
Dos pequenos brotos, a calmaria
E, do pé de chorão, o vibrar.

A humanidade barulhenta,
Precisa da paz, silenciosa
De um porvir, que já acaricia,
O lindo amanhecer.
Na calma do bem-querer
Ao corpo cansado, uma delícia.
Ouve-se a voz do silêncio,
Presente, no  início da Criação.
Da paz, o prenúncio,
A mensagem da razão!

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 148 - Maio de 2017