Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG
Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa
O poeta de “mil faces”
Sua intrigante personalidade provoca fascinação
Ao usar heterônimos induzindo-lhes vida e emoção
Lisboa com seu charme bucólico
Cegou-se... não pela névoa costumeira
Mas pelo filho que a confundiu por inteira
Rostos com nomes e profissões
Iam além do número de contas de um rosário
Para assombro da mãe que presenciou parto unitário
Quantos? Um... Dois... Ou Três?
Muito... muito mais... passou de uma centena
Os heterônimos do poeta que não tinha alma pequena
Tinha “espaço” em sua mente...
Para acomodar quantos heterônimos desejasse
Dando-lhes plena liberdade
Para que em seu cérebro se alojasse
Mas teve preferência... a três abraçou com fervor
Liberando-os da monotonia das estrofes de amor
Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos
À tríade deu liberdade...
De infringir as regras que a poesia exigia
Fernando Pessoa desdobrou o “eu” de forma contundente
Que a fantasia se apossou como verdade em sua mente
Evidenciando uma clara sinceridade em seu fingimento
O heterônimo Alberto Caeiro, “nasceu, teve história e escreveu”
Foi mestre de seus “colegas” e comandou o poeta que o criou.
|