José Everaldo de Araújo
São Paulo / SP

 

 

Um corpo que cai

 

No asfalto encardido
E um corpo que cai,
É um elo partido
Uma vida que vai.

Tem alguém que fugiu
Pra poder se esconder,
De alguém que feriu
E não quer socorrer.

É gente que passa,
Curiosos que olham
Comentam a desgraça
Já há outros que choram.

Que fatídico dia
Para essa pessoa,
Numa noite tão fria
E de densa garoa.

E por fim foi levado
Por alguém de direito,
Com o corpo quebrado
E fraturas no peito.

Foi o triste destino
Que a ele envolveu
E que não resistiu
Aos cuidados...”morreu”.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 149 - Junho de 2017