Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG
Cecília Meireles
A menina tímida e recolhida
Era uma observadora silenciosa
“Apalpava” objetos... com olhos fechados
Mesmo vendando... seus belos azuis esverdeados
Descrevia com perfeição o que não via
Não havia mais como segurar o ímpeto de criar
O isolamento e a quietude da então jovem poetisa
Ficaram aprisionados por tempo limitado
Naquele cérebro iluminado
Houve a “explosão”
Vindo à tona os versos
Dando vida à nossa escritora de maior expressão
A solidão e o silencio já não tinham a freqüência de antes
Mas não abandonaram a “casa” em que viviam
Os dois substantivos continuaram sendo “usados’
Como um balsamo que traz alivio a corpos cansados
A intensidade lírica de seus versos
Provocou desejos...
Aos pertencentes à arte dos cantos
Em “cobri-los” com notas musicais
Foi plagiada... e amada por quem a plagiou
Fagner não esconde o fascínio pela poeta
Leu... releu... e meditou
E o poema “Marcha”
Na bela canção
“Canteiros” se transformou.
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