João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 


Por entre um campo

 

Por entre um campo assombrado eu me vou
Pisando oniricamente sobre negras flores
Com acontecimentos súbitos de esplendores
Vou buscando tudo que a vida me negou.

Paro subitamente e me pergunto: Quem eu sou?
Vendo que eu já tive muitos e vários amores
Sofrendo como um leproso com sérias dores
Que até o seu coração já por fim pasmou .

Por entre um campo morto, vou-me embora
Até já estava começando a chover lá fora
Tenho um arcanjo ao meu lado, como um guarda.

Eu que irei sofrer tanto em minha adolescência.
Pois terei que renunciar a minha inteligência
Se quiser desfrutar os bens que o futuro me guarda.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 150 - Julho de 2017