Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Mnemosyne

 

Ó bendita Mnemosyne, deusa da memória... 
O rio lete do esquecimento a explora em sua dimensão
Tu és, Mnemosyne, formosa em sua potência de glória e poder, 
Concebe aos humanos o caminho que ele deve percorrer do passado ao presente
Enlaçado por um eterno retorno de seu transcendente estado de desencontro
Embriagado pelo que há de vir nas margens do manso devir poético
Que embala os sentidos da existência do ver, estar e ser
Em sua busca constante por novas estradas errantes
Feitas por máscaras que enfeitam as identidades
Abertas pela beleza indefinida do Imaginário
Que incendeia toda a plenitude do real ...
Oceânica e bela, és a um tempo finita
E em sua infinita forma de ser
Reproduz existências e
Resistências e
Sentidos e
V
O
Z
E
S

 

(A Rita Aragão)

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 152 - Setembro de 2017