Não deveria chorar por ti,
tu não mereces as lágrimas que caem do meu rosto,
porém elas insistem em cair
e ruir os sonhos
que tanto fiz incutir
sonhos que jazem despedaçados e expostos.
Lágrimas que não ignoro,
malditas lágrimas que deveria ignorar,
lágrimas revoltadas por assistir quem eu amo partir.
Não deveria chorar por ti
porém ainda choro.
Poema
publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos -
vol. 152 - Setembro de 2017