Núbia Cavalcanti dos Santos
Sanharó / PE

 

Órfãos da violência

 

Dói-me na alma quando vejo
Uma criança, um jovem
Ou quando vejo também
Um adulto ou um idoso
Terem suas vidas ceifadas
Pelas mãos ultrajantes da violência
Seja o agressor de qualquer idade
Do sexo masculino, feminino…
Que tenha intimidade com a vítima
Atraindo-a para uma cilada
Ou seja apenas um audacioso ladrão
Que surpreende a vítima inocente
Em uma emboscada fatal!

Dói-me na alma quando vejo
Filhos órfãos da violência banal
Que se instalou em todo o mundo
Como uma epidemia sem precedente
Ou quando vejo também
Pais, avós, irmãos…
Perderem seus filhos tão jovens
Assassinados barbaramente
Pelas amaldiçoadas mãos
De indivíduos inescrupulosos
Que usam com astúcia a violência
Para extorquirem da vítima inocente
Seus pertences tão duramente obtidos.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 152 - Setembro de 2017