André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

O sol que não se põe

 

Da cálida, inválida verdade
Ficou a validade da mentira
Aquela que o mal pra sempre aspira
Nos pixels à vilã credulidade...

Nas retocadas máscaras, vaidade
Das disfarçadas vozes se retira
Uma notícia pronta que te inspira
A defendê-la à vera com bondade...

De polegadas: sete a sessenta
A ilusão em cores se apresenta
E escravo, tu te sentes mais feliz...

É assim que nunca o sol se põe às vidas
A ti, e a todos: Noites esquecidas...
Assim se ergue cego um país...

 

 

     

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 153 - Outubro de 2017