Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

 

Mario de Andrade

 

Mil novecentos e vinte dois...
Marco da virada de “pagina’ de nossa literatura
Foi a explosiva Semana de Arte Moderna
Que trouxe identidade à nossa genuína cultura

A nação já possuía um robusto “caule literário”
Mesmo nossos grandes expoentes
Intercalando em suas Poesias, contos e romances...
Personagens que retratavam nossas gentes

Nossa rica e variada literatura
Era como plantas de “reproduções assexuadas”
Os belos e valiosos “frutos”
Eram alimentados por “Raízes”
De origens variadas

Seu “DNA” estava no velho continente
Isto incomodava a Mario de Andrade
Que ambicionava uma “arvore cultural”
Genuinamente nacional

Cuja raiz, caule, flores e frutos
Fossem de uma brasilidade
Que ao folhear de uma obra
Se apercebesse de imediato sua identidade

O empenho e esforço... do poeta
Que escrevia para atrair, encantar e ser amado
Teve o resultado por ele desejado

Pai do romance rapsódico... “Macunaíma”
Que destravou a via congestionada pelo romantismo
Abrindo passagem ao seu idealizado e sonhado
... Modernismo


 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 154 - Novembro de 2017