Marta Trevisol
Frederico Westphalen / RS

 

Ciclo da vida

 

Cada folha,
Cada galho permite se deleitar.
E no solo ainda quente
Repousar.
Faz a nudez das arvorinas
Tornarem-se transparentes.
Na nudez de seus galhos e folhas,
Aos poucos lenta e calmamente
Deixam-se seduzir
Envolver
Pelo outono dormente.
Num ciclo natural
De agradecimento.
As arvorinas se fazem
Desfolhar no outono,
Para na primavera
Acordar, e o ciclo da vida.
Recomeçar.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 155 - Dezembro de 2017