Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

 

 

Érico Veríssimo

O notável gaúcho de nossa literatura

 

A queda econômica da família abastada
Composta por estancieiros, que traçavam nos pampas
“O mapa dos Veríssimo”...  circundando com arame farpado
A relva verde...  penteada com sopro de vento gelado

Provocada pelo irrequieto Sebastião Veríssimo...
O progenitor, que levou a família
A dar o “triste” passo ao degrau inferior
 
Esta falência não desiludiu o adolescente
Que perseverante como sua mãe Abegahy
De punho erguido...  enfrentou a “decadência
Ao longo de sua adolescência

O modismo da fala sulista 
"Ele é inteligente uma barbaridade"
Adjetiva com perfeição
Àquele menino que aos dez
Fundou uma revista de animação

Ainda bem jovem, “Mergulhou” na leitura por inteiro
De autores estrangeiros deu preferência a grandes romancistas
Dostoievski e Walter Scott foram os primeiros de sua alongada lista

Dos nacionais...  ia do versátil abolicionista Aluísio Azevedo
Ao autor do primeiro romance tipicamente brasileiro
O médico e romancista Joaquim Manuel de Macedo
Criador do memorável romance “A moreninha”

Deste “mergulho” o então menino se alicerçou
Assegurando-lhe que o mundo da literatura
Dar-lhe-ia o abraço que ele sempre sonhou

Seu romance Clarissa foi o marco inicial
Ingênuo na verdade...
Mas “cresce”, devido a sua excepcional criatividade

Após este marco, o romancista almejou ápice iluminado
Sua intensa dedicação foi recompensada
E com “explosiva criação”, veio o resultado desejado
Quando a magnífica trilogia, “O tempo e o vento”, por ele foi criada.
 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 156 - Janeiro de 2018