Paulo Tavares
Miguel Alves / PI

 

Poeta do sertão

 

 

O poeta fala voz do coração
Que o embeleza, o sublima e o extasia
A carnaúba e o por do sol em harmonia
Tudo é beleza, é divino, é perfeição.

Cria do nada a essência do poema
Dando-lhe formas tal qual um artesão
Que observando o fascínio da falena
Canta a natureza e o poder da Criação

Num suave e sutil desabrochar de flor
Nasce a doce inspiração que o poeta tem
De transformar em riso o pontear da dor
Que o machuca, o maltrata e o leva além

Mas este é o oficio, meus senhores!
De quem nasceu para alegrar a tantos
Celebrar a paz  e cantar amores
Mas esquecido vai fenecer em prantos

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 156 - Janeiro de 2018