José Everaldo de Araújo
São Paulo / SP

 

 

Ficção

 

Fala comigo querida
E diz o que estás sentindo,
Mas que sandice essa minha!
Pedir o que estou te pedindo.

Como irás falar comigo
Exposta em fotografia,
Sem escutar o que digo
Só se fosse então magia.

Mas assim mesmo consigo
Colher o riso em teu rosto,
Tua face está rosada,
Oh! Que profundo desgosto.

Por não te ter mais comigo
Não posso mais te abraçar,
Tão triste e muito sozinho
Sofro sem poder te amar.

Teu olhar vem até mim
Como a querer me falar,
... tudo acabou, foi o fim,
Não tem mais como voltar.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 157 - Fevereiro de 2018