Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR

 

 

Desalentos

 

Lamento, já não sei o que dizer...
Me redimir é um gesto silencioso...

O vento me pegou surpreso
Com as folhas secas que
Lança no ar...

Levantei-me
Na direção do sol
E vi o horizonte...
Me chamando;
Vou precisar acompanhar
O sol poente
Para à noite
Me guiar pela lua...

As estrelas misturadas
Ao brilho da lua
Cantam sonetos
Me dizendo:
Desalentos passam,
Os injustos acabarão
Fomentando a mutilação
Que lhes cabe como classe...
Deixe que o
Amanhã
Conspire
Diante do que
Se tornará o
Ontem!

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 157 - Fevereiro de 2018