Annulino Soares
Balneário Pinhal / RS

 

Pandorga

 

A pandorga é uma poesia que voa 
e sai das mãos da criança 
O seu papel de seda carrega 
o colorido da esperança 
O seu roncador fala e canta 
algum sonho 
As varetas da taquara é o esqueleto 
que deixa o menino risonho 
O grude, uma mistura de água e farinha 
talvez o alimento dessa avezinha 
A tira de tecido (cauda) dá o equilíbrio 
para esse pássaro especial 
A linha (cordão) faz a ligação entre 
a terra e o imaginário espacial 
A pandorga é uma bailarina voadora 
E o vento ajuda o menino 
deixando sua vida mais encantadora.

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 157 - Fevereiro de 2018