João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

Eu sei que tudo passa

 

Eu sinto que numa escassa e tardia despedida.
Me passa até mesmo a inspiração para escrever,
Mas eu só não posso deixar passar a minha vida...
Por este meu medo bruto e  cruel de te perder...

E quando vem a noite fria, passa até o meu sono...
Passa a vida, foge o tempo e  a  idade se evapora;
Passam lentas estas horas de um grande abandono.
E ao ver tudo passando a minha alma então chora.

Mas nunca vai passar aquela nossa amizade antiga.
Nem mesmo a saudade que foi minha velha amiga,
Que sempre chegava quando tu, moça ia embora...

O tempo continua passando e nesta minha bruta lida.
Tentando vorazmente te esquecer eu perco a medida.
Só não perco a solidão, pois esta no meu peito mora...

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 158 - Março de 2018