Wagner Dias de Souza
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Ainda há luz

 

Ainda há luz aqui na Terra.
Vou apressar o meu processo de minha mente aclarar.
Perceber a leve sombra a ofuscar meu caminhar:
O desafeto, o desamor… o descontrole a me estacionar;
De tudo aquilo que não é dileto, preciso logo desvencilhar;
Sair do inferno que muitos pensam perpetuar e de lá jamais se libertar;
Eu vou vazar.

De concreto, em mim, há ínfima luz,
Imanente chama a evoluir para um farol, iluminando a eternidade…
Vai crescendo pelo esforço, na própria liberdade da feliz idade.
Não mais ficar à margem da burra ignorância, apegado a tudo, feito criança;
Teimosamente cristalizado na terceira dimensão. Não!
Eu quero a imensidão, libertar do ódio o meu coração,
E estudar o novo, seguir para além da imaginação.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 158 - Março de 2018