André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Viver...

 

 

Eu vou... E me alimentarei de morte
Eu sou... E regurgitarei de vida
Eu sou... E viverei a própria sorte
Eu vou em direção a despedida...

Eu sou... Da morte a casca da ferida
Eu vou... Na vida descascando o norte
Eu vou... Igual a onda esquecida
Eu sou quem surpreende o ser mais forte...

Eu sou um fraco à carne no final,
Mas no início, eu não era assim
A vida era lúdica e real...

Eu sou o que jamais pensam de mim
Eu vou ao vício do ser imortal
E vivo a morte longe do meu fim..
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Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 158 - Março de 2018