Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

Eu negro

 

Logo cedo percebi que sem mim eu não viveria
Logo cedo percebi que em mim vivia um eu que eu desconhecia
Logo cedo percebi que eu era aquilo que eu não queria ser
Logo cedo percebi que em mim morava…
Muitos eus de olhos azuis, castanhos e verdes…
Mas em um só olho eu conseguia ver
O mundo em todas as suas cores!
Era meu “eu negro”
Que eu escondia.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 159 - Abril de 2018