Josete Maria Vichineski
Ponta Grossa / PR

 

O irmão da morte

 

É um ser invasor, sem cerimônia. 
Chega, ou de repente, ou de mansinho. 
Visita até os que sofrem de insônia, 
mesmo que não seja muito seguidinho. 

Ele não escolhe hora nem lugar. 
Impõe a sua vontade, 
mesmo que não estejamos em nosso lar 
e sem a nossa aceitabilidade. 

Ele age hipnotizador, 
a cujas ordens obedecemos, sem reação 
Ficamos num completo torpor, 
que impede qualquer ação. 

Ser autocrata, soberbo, poderoso ... 
Nem sempre aparece em boa hora, 
embora, sem ele, nosso ser fica ansioso. 
Deus Hipnos! Quem o ignora?

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 161 - Junho de 2018