Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

 

Erva da gula-0rgulho



Aqueles dias estão vazios
Porque na sala
Aonde luzes e brios
Adentravam por escala,
Há fios de treva
Expondo a erva
Da gula-orgulho;
Porção de entulho
Do hemisfério inconsciente
Nutrido pela gente
Que se opõe ao numerário
Bem-vindo do solidário.
Essa postura não é bonita,
É deselegante e esquisita!
Quando a consequência vem
O coração pula e grita,
O arrependimento também
E o resto do corpo se excita.
Data venha, minha linda;
O fato em foco ainda
Mantém no meu ego
O amor em tese cego
O qual está comigo
E como tal consigo.
Isso é masoquismo
Convertido em sadismo;
Fujamos da sofrência
Para o gozo excelência
E recebamos o não menos
Aplauso da Deusa-Vênus.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 161 - Junho de 2018