Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR

 

Alma de escritor

 

Escritor, verdadeiro artista
De pensamentos lapidados em livros, em revista,
Cinzela a língua com esmero ao leitor atento...
Os conflitos da humanidade,
Apresenta-os com desvelo...

Neste instante de desentendimentos e conflitos,
No Brasil que grita por justiça, por ordem,
Por educação, por progresso,
A voz brotada da alma de um escritor
Pode unir-se a de um povo sofredor.
E do Oiapoque ao Chuí fazer acontecer
Um novo amanhecer.
Da justiça a clava forte se erguer,
Para o filho dessa terra nem a morte temer.

Hoje, um sonho intenso neste florão imenso
Anseia pelas verdes matas,
Pelo fim da corrupção, das drogas, da pichação!
Do assassino, do ladrão...
De uma humanidade insaciável,
Onde tudo é descartável...
Da desatenção e coisificação...
Almeja pela volta das famílias,
Da responsabilidade de um pai e de uma mãe.

Discorrendo na folha até então em branco,
Um escritor comprometido e em pranto
Olha para o céu e vê um Sol intenso...
E suas palavras soltas ao vento...

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 162 - Julho de 2018