Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

 

Amemos os nossos semelhantes

 

Precisamos amar nossos semelhantes
Porém temos de demonstrar o nosso amor
Com fatos concretos, claros e definitivos.
Não basta dizer que se ama os semelhantes.
Não! Tem-se que demonstrar  com fatos.
Tem-se que estar disposto a  subir
Ao altar do supremo sacrifício pela humanidade.
Tem-se que empunhar a tocha da sabedoria
Para iluminar o caminho dos demais.
Tem-se que estar disposto a dar até a última gota de sangue
Por todos os nossos semelhantes,
Com verdadeiro amor desinteressado, puro...
Nascer, morrer e sacrifício pela humanidade
São três fatores que nos convertem
Em verdadeiras encarnações do Cristo Cósmico.
Esses fatores terminam nos convertendo em deuses,
Ainda que tenhamos corpos humanos,
Terminam fazendo de nós algo diferente:
Transformam-nos em deidades,
Em deuses inefáveis: Elohim, Daimon, etc.
O egoísmo pode se apresentar sob formas refinadas.
Enquanto o tivermos dentro de nós mesmos
A iluminação não será possível.
Ele está formado por múltiplos EUS
Dentro dos quais se  encontra enfrascada a consciência.
Temos que desintegrá-los, é verdade!
Pois, se não o fizermos, a consciência continuará engarrafada,
Condicionada, apertada, limitada...
E qualquer possibilidade de iluminação estará anulada.
Sem distinção de raça, credo, casta ou cor constituímos uma só família

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 162 - Julho de 2018