João Riél M. N. V. de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

Soneto entre plátanos

 

 Entre os mais altos plátanos, fui eu um soneto cultuar.
Escalei muitos penhascos subi ao além da vida...
Cheguei em uma fonte e minha imagem retorcida;
Eu avistei junto aquele nebuloso e fusco luar...

As folhas dos plátanos caiam sobre este lugar,
Naquele inexistente chão da minha partida...
Eu escrevia numa página em branco esquecida
E media o tempo com uma folha do plátano a voar

Mais alto que castelos eram os plátanos infinitos
Marrons, sombrios, eternos eram tão esquisitos...
Que guardaram em mim um soneto de lembrança.

Entre aqueles plátanos eternos, eu então pensei...
Que sempre escrevendo eu continuarei...
Relatarei fatos de minha própria esperança.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 162 - Julho de 2018