Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

É tempo de cajus

 

 

Chegam os cajus, suculentos
Para os meninos, que brincam
No quintal e têm sede.
Agosto já vai ao meio.
Com os cajus vêm as castanhas
E, se assadas, podem imperar
Nos doces, nas paçocas.
Os cajueiros se esbaldam,
Pelo cerrado, com frutos
Doces e azedinhos.
Cajuínas são preparadas
Nos fogões a lenha.
Quem nunca derrubou
Cajus com uma vara?
Aqui em casa tem uma de bambus.
Este ano vou é aprender
A fazer bolo de cajus.
Quero é aproveitar bem
A safra deste ano...
Vai que me descubro ser
Uma boa cozinheira!
Assim ainda tenho
Outra profissão
Agora que sou professora aposentada.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 165 - Outubro de 2018