Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS

 

Calo

 

Quando vejo que o embate
é perda de tempo e não
produzirá resultados  positivos;

Calo, diante da beleza fulgurante
que não  necessita  de palavras;

Calo diante da verdade que prescinde
de qualquer complemento.

Calo, quando nada posso acrescentar
para diminuir o sofrimento  do outro.

Calo diante do silêncio sepulcral
quando não  há  mais nada a fazer.

E as palavras  são  inúteis.

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 167 - Janeiro de 2019