Não tenhas pena do poeta
que finge sangrar em versos
para simular uma dor que, tamanha
não sente, apenas a inventa cruel
Creias que é tudo artimanha
tramada sem o menor respeito
ele mostra cravado no peito
um punhal que nunca existiu
soluçando, sem pudor, o desejo
de provar, novamente, o teu mel
Poema
publicado na Antologia de Poetas Brasileiros -
vol. 170 - Abril de 2019