João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

Eu que perdi...

 

 

Eu que perdi, e senti tanta saudade...
Que às vezes até algo me aparecia
Vinha de longe me mostrar o dia
E relembrar a minha mocidade...

Outras tantas saudades eu diferia.
Repleto de razão e até de bondade...
Mas sempre ao lembrar a minha idade
Minha alma de saudade renuncia...

Eu lembro o passado, de algum passado.
Que se foi sem ser por mim aproveitado
Por que eu julgava infinito o meu viver...

Mas o que mais me deixava constrangido
Era ter que escutar e prestar ouvido...
A tudo aquilo que eu não me deixei saber.

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 170 - Abril de 2019