Cláudio Gonçalves da Silva
Chapadinha / MA

 

 

Temporal

 


As noites estão se tornando mais frias!
Não vejo mais o brilho do sol em teu semblante
Perpetua a escuridão em nossos corações
Nem mesmo sei por onde estamos.

Foi de uma tremenda rapidez, tudo aconteceu...
Um barulho, um estrondo, uma avalanche.
E agora?
Tudo se tornou frio, escuro, sem vida!
Ainda busco me reencontrar, mas como?

Não sei onde estou e nem para onde irei!
Não sinto meu corpo, não reconheço este lugar
Um mar de lama, que transcende os dois mundos
E minha alma em desespero profundo.

A vida se vai com um mar de lama, frio, escuro, dor...
Não sei para onde ir, não tenho corpo para me guiar
Ao meu lado, dor, sofrimento, angústia
A vida que se foi como um sopro!

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 170 - Abril de 2019