Aliomar Costa
São Paulo / SP
O fim
Estamos em três mil e dezessete
Depois da explosão nuclear
Os seres vivos agora são apenas vermes,
Os ex-humanos, partículas atômicas no ar
A Terra hoje é morta,
Só lixo não-reciclável foi o que sobrou
O inferno abriu as suas portas
Pra receber o resto que aqui passou
Foi bom enquanto durou,
Num ex-mundo maquinado e robotizado
Chuva de ácidos não parou
Criamos apenas monstros demonizados
Tudo é inerte, sem estrelas, sem sol, sem lua,
Secaram os rios, os mares, a flora, a fauna, a vida
A destruição é a cara desta figura
Este é o retrato do que foi vida, vida perdida.
|
|
|
|
|