Rodrigo de Lima Kiszewski
Tapes / RS

 

 

A tempestade

 

Na noite da grande e terrível tempestade,
Tudo em minha mente ficou obscuro sem acreditar naquela verdade.
Mas o que foi aquilo?
Sonho, pesadelo, imaginação, realidade ou um grito de liberdade?
Não sei o que aconteceu ainda na noite da cruel tempestade?
Pois me parece que não tem nada haver com libertinagem,
Apenas foi a vontade de fugir da realidade.
Assim como Adão fez, optando pelo fruto proibido,
Que foi visto pelos olhos cobiçado e logo após comido.
Será assim comigo como, foi com Adão?
Se foi como me recordo, foi tudo bem depressa,
Como um relâmpago no céu a espalhar seu clarão.
Mas na real o que eu queria, era quê:
Aqueles momentos não tivessem passado,
Ou ouvir uma voz em meu ouvido dizer-me então:
Não te preocupes pois aqueles momentos sempre acontecerão,
Embora não acredites, não fiques tristonho não,
E não deixes de teu rosto as lágrimas rolarem ao chão,
Pois tenhas a convicção que já tens a chave do meu coração,
E aqueles momentos das nossas vidas, jamais se apagarão.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 172 - Junho de 2019